UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Lena Baker (8 de Junho ) foi uma afro-americana executada no estado da Georgia em 1945 pelo assassinato de Ernest Knight, seu patrão de 67 anos. Foi a única mulher a ser executada na cadeira elétrica na Georgia. Em 2005 foi oficialmente perdoada, pois na verdade agiu em legítima defesa...

 
Lena Baker foi uma afro-americana que viveu no Estado da Geórgia e foi executada aos 42 anos de idade , pelo assassinato do seu patrão , Ernest Knight ( 67 anos ) . Lena foi a única mulher a ser executada na cadeira elétrica do Estado da Geórgia , vítima de um atroz erro judiciário.

Ernest Knight era um homem branco e proprietário da fazenda onde Lena trabalhava . Segundo o depoimento da acusada, ele a teria mantido em cárcere privado impedindo-a de ir embora , dizendo que a amava e que ela lhe devia obediência , pois era um homem branco e seu patrão. Os dois chegaram a travar uma luta corporal , ocasião em que Knight empunhou uma arma ameaçando Baker de morte caso ela fosse embora. No momento da luta a arma disparou atingindo Ernest Knight , ocasionando sua morte.

O julgamento de Baker foi presidido pelo juiz William " Duas Pistolas " Worrill, que passou a ser alcunhado assim ( Duas Pistolas ) , pois durante todo julgamento manteve duas pistolas à vista . Apesar da acusada declarar ter agido em legítima defesa, o júri composto somente de homens brancos, desconsiderou a tese da defesa , considerando Lena autora do assassinato de Ernest Knigth na forma dolosa. Foi dado à condenada pelo governador da Geórgia , o prazo de sessenta dias para um pedido de perdão judicial, que foi negado .
Suas últimas palavras foram: "O que eu fiz, eu fiz em legítima defesa, ou eu teria me matado ... Estou pronto para cumprir o meu Deus." Testemunhas afirmaram que ela levou seis minutos e vários choques antes do médico da prisão pronunciada morta. Embora a morte de Ernest B. Cavaleiro não tinha feito as manchetes no Cuthbert tempos , Lena fez. O papel crassly relatou, "Baker Burns."

Em 1998, a congregação da igreja Lena participou como uma jovem mulher levantou US $ 250 para uma laje e marcador para a sua sepultura. Seus parentes, agora espalhados de New Jersey para a Flórida, conheci este ano, o 58 º aniversário da sua morte, para colocar uma coroa de flores no seu túmulo. Eles estão começando a se reconectar e planejar uma reunião no dia das mães, 11 de maio. Eles pediram aos Perdões estaduais e conselho de liberdade condicional para limpar a do crime. Talvez, se isso acontecer, um processo de cura pode começar. A única resposta, até agora, do Conselho é que ele não concede normalmente perdões desse tipo.
Em menos de meia hora o júri voltou com um veredicto de culpado e Worrill Baker condenado à morte na cadeira elétrica da Geórgia, apelidado de "Old Sparky". Seu advogado pediu imediatamente para um novo julgamento a ser agendada, porque "a sentença foi contrária à prova e sem evidência para apoiá-lo ... eo veredicto foi contrário à lei e aos princípios de justiça e equidade". Ele, então, tão imediatamente renunciou ao cargo de seu advogado. Mais tarde, Lena foi concedida uma prorrogação de sessenta dias pelo então governador Arnall, mas a Junta de Indultos e Liberdade Condicional negou clemência quando ouviram o caso. Data de assinatura do Lena foi marcada para 05 de marco de 1945. Em 23 de fevereiro, ela foi assinado em uma das piores prisões nos Estados Unidos, Reidsville State Prison, onde foi abrigado na seção dos homens até poucos dias antes de sua execução, quando ela foi transferida para uma cela solitária a poucos metros de a execução própria Câmara.Em 2002 a Família Baker formulou um novo pedido de perdão judicial , que foi concedido parcialmente pelo Conselho da Geórgia do Perdão e Paroles, o qual considerou a sentença condenatória de Lena Baker como racista . O Conselho considerou que Baker poderia ter sido condenada a uma pena de , no máximo, quinze anos . Sessenta anos após sua morte, em 2005, foi concedido o perdão total e incondiconal a Lena Baker, com o reconhecimento que ela agiu em legítima defesa.

Em 2009 a história de Lena Backer foi tema do filme dirigido por Ralph Wilcox , com o título original " The Lena Baker Story "
Este não é o único caso de erro judiciário nos EUA . Há outras condenações de inocentes - ou que agiram em legítima defesa - à cadeira elétrica . Eu sou radicalmetne contra a pena de morte . Muitas pessoas criticam o sistema judiciário brasileiro, mas prefiro mil vezes a lentidão da justiça do Brasil, à rapidez excessiva do sistema penal norte-americano , cujos processos tramitam de forma apressada , sem o tempo necessário para que o acusado possa exercer com eficiência o direito de defesa. É evidente que a execução de Lena Paker tem caráter ideológico e não foi ditada apenas pelo pouco tempo que a acusada teve para promover sua defesa. Mas em muitos casos , a pressa em punir o acusado faz com que sejam cometidas inúmeras injustiças.
A sabedoria popular ensina que " a pressa é inimiga da perfeição " . Dizem também que "a justiça tarda , mas não falha " . Pena que no caso de Lena Backer a justiça veio após 60 anos da sua execução . "Antes tarde do que nunca ", diz ainda a sabedoria popular . E o perdão judicial de Lena Backer, apesar de tardio, veio para resgatar sua honra e , por consequência , de sua família . E para servir de exemplo a outros casos semelhantes , que jamais seja cometida tamanha injustiça ! Que o legal ( a lei ) e o justo ( a justiça ) sempre andem de mãos dadas...

Um afro abraço.

fonte:Autor Lela James Bond Phillips é professor de Inglês na Andrew College, em Cuthbert, Geórgia. The
Lena Baker Story , Asas Press.

terça-feira, 4 de junho de 2013

A NALISANDO O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E COMUNIDADES TRADICIONAIS

O Dia Mundial do Ambiente é celebrado a 5 de junho, foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas na resolução (XXVII) de15 de dezembro de 1972 com a qual foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano. Este início de século exibe diferentes possibilidades de mediações, como em nenhum outro momento. Em meio a este mosaico contemporâneo de informação, em que se escreve a história do presente, atualizam-se memórias, recriam-se e se repetem antigos discursos. As sociedades amazônicas são parte integrante deste novo cenário internacional, inseridas nesta nova forma de globalização. A criação dessa ilusão de “unidade” do sentido é um recurso discursivo que fica evidente nos textos da mídia. Como o próprio nome parece indicar, asmídias desempenham o papel de mediação entre seus leitores e a realidade. O que os textos da mídia oferecem não é a realidade, mas uma construção que permite ao leitor produzir formas simbólicas de representação da sua relação com a realidade concreta. Pensando assim a noção de pertencimento a um lugar agrupa tanto os povos indígenas de uma área imemorial quanto os grupos que surgiram historicamente numa área através de processos de etnogênese e, portanto, contam que esse lugar representa seu verdadeiro e único homeland. Ser de um lugar não requer uma relação necessária com etnicidade ou com raça, que tendem a ser avaliadas em termos de pureza, mas sim uma relação com um espaço físico determinado a questão dos direitos dos povos tradicionais passa pelo reconhecimento das respectivas leis consuetudinárias que esses povos mantêm, particularmente no que se refere a seus regimes de propriedade. Essa situação conduz ao reconhecimento da noção de „pluralismo legal‟, conceito que vem sendo trabalhado tanto dentro da antropologia quanto no âmbito do direito. Na Constituição Federal de 1988, os direitos indígenas estão previstos em capítulo específico, nos artigos 231 e 232, e abrangem a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.Os direitos sobre as terras tradicionalmente ocupadas são originários, o que implica precedência ligada às raízes históricas da presença indígena no Brasil. São terras utilizadas para atividades imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais para o bem-estar dos indígenas e necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Destinamse à posse permanente dos indígenas, com usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Bem gente a demarcação das terras indígenas é descrita no Decreto nº 1.775/96. O processo administrativo inicia-se com estudos antropológicos de identificação e delimitação; a demarcação é instituída por portaria do Ministro da Justiça e homologada por decreto presidencial. As populações quilombolas também têm direitos territoriais garantidos, nos termos do art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Aos quilombolas, é reconhecido o direito de propriedade das terras que ocupam, em caráter definitivo, cujo título é assegurado pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária e Colonização (Incra), bem como por órgãos dos Estados ou dos Municípios com essa competência. O Decreto nº 4.887/03 regulamenta o rito de demarcação e titulação das terras quilombolas. O processo envolve a identificação, o reconhecimento, a delimitação, a demarcação e a titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades de quilombos. Além dos direitos territoriais de indígenas e quilombolas, os direitos territoriais de outras populações tradicionais também são assegurados no Brasil, pois a Política Nacional de Povos e Populações Tradicionais, instituída pelo Decreto nº 6.040/07, trouxe a figura dos “Territórios Tradicionais”. O decreto ainda previu o conceito de “populações tradicionais”, mas a abrangência dessa noção está a cargo da Comissão Nacional de Povos e Populações Tradicionais, também criada pelo Decreto n° 6.040/07. O meio ambiente, em termos amplos, ao contrário do que se pensa freqüentemente, não é aquele conjunto de bens formado pela água, pelo ar, pelo solo, pela fauna, pela flora. Diversamente, o meio ambiente, inclusive para a nossa legislação (art. 3º, inc. I, da Lei 6.938/81), é, na verdade, um conjunto de condições, leis, influências e interações, de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. É, portanto, um bem essencialmente incorpóreo e imaterial. E é esse bem imaterial que se considera insuscetível de apropriação. Ninguém ignora hoje em dia que uma das características marcantes da problemática ambiental é a relação de interdependência existente entre os diversos elementos que compõem o meio ambiente e que, em função dessa peculiaridade, os sistemas ambientais - naturais, sobretudo -, não se enquadram perfeitamente nos limites territoriais fixados pelas fronteiras artificiais criadas pelo homem entre as cidades e os países. Um afro abraço Fonte de pesquisa: VIANNA, Fernando L. B. Razão indigenista e razão conservacionista desafiadas no sul da Bahia. In: Terras indígenas & Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições. Fany Ricardo (org.). São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004. TIMMERS, Jean-François. Respeitar a vida e o ser humano: a preservação do meio ambiente com e pelos índios evita a definitiva condenação da biodiversidade. In: Terras indígenas & Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições. Fany Ricardo (org.). São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004.

domingo, 2 de junho de 2013

05 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. 
Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. 

Os principais objetivos das comemorações são:  1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;
2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.
Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro.



Vamos aproveitar este dia e listar quantas ações podemos fazer para colaborar na preservação do meio ambiente.
Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para
o mundo!

Segue algumas medidas que podemos facilmente tomar em casa e na escola:

Água
Escovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação.
Lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, talheres e panelas.
Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se ensaboando, desligue a torneira.

Energia
Desligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes.
Desligue aparelhos eletrônicos - não deixe a televisão, rádio ou computador ligado caso não esteja sendo utilizado.
Ar condicionado - utilize com moderação!
Lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo.
Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga.

Lixo


Coleta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta separar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico.

Desta forma, você estará fazendo uma grande contribuição à mãe natureza, já que este material será reciclado, ou seja, será reaproveitado para a fabricação de novos produtos.

Transportes
As emissões de gases emitidos pelos transportes é muito nociva para a nossa atmosfera. Mas podemos tomar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases.
A caminho da escola - Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o planeta. Por isto, quanto mais gente utilizar um mesmo veículo melhor. 

Um afro abraço.
fonte:www.unesco.org/.

NÚCLEO ALMIRANTE NEGRO EM RESENDE EM FOCO...


*No dia 25/05 foi realizado pela Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial, o Fórum de Gestores de Promoção de Igualdade Racial, incentivando os municípios a realizarem suas Conferências, que são necessárias e preparatórias para a Conferência Estadual,que acontece em setembro, e para a Nacional, em novembro...

*Conferência Municipal de Resende , acontece nos dias 05 e 06 de julho de 2013.

*A Conferência Municipal de Resende tem como objetivo formular propostas de Promoção de Igualdade Racial.

*A UNEGRO, esteve marcando presença na 5ª Conferência Municipal da Cidade de Resende, no dia 25/05. O evento teve como tema"Mobilidade e Desenvolvimento Social", e nós da UNEGRO-Resende garantimos  uma vaga dos 13 delegados que representarão o Município de Resende na Conferência Estadual e garantimos também uma cadeira no CONCIDADE( Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Territorial) como Conselheiro da Cidade. Quem irá representar a UNEGRO como delegado na Conferência Estadual será o "Faísca" e a representante da UNEGRO como Conselheira da Cidade(CONCIDADE) será Eu , Bianca.

Um afro abraço.

fonte: UNEGRO/RJ(Núcleo Almirante Negro)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

27- Iniciam-se as primeiras eleições multirraciais na África do Sul / 1994


História da África do Sul
Estudos arqueológicos indicam que seres humanos modernos viveram na região há mais de 100 mil anos.

Os portugueses foram os primeiros europeus na região, quando atingiram o Cabo da Boa Esperança. Eram visitantes regulares na rota de comércio para o oriente, por volta de 1500.

Em 1652, holandeses da companhia das Índias Orientais, estabeleceram um posto de suprimentos na atual Cidade do Cabo. No século 18, holandeses adentraram a região em busca de caça, alguns estabelecendo fazendas por conta própria. Esses primeiros colonos holandeses tornaram-se conhecidos como boers.
A partir de 1795, os ingleses passaram a ter presença na região, iniciando uma série de conflitos históricos com os holandeses.

A descoberta de diamantes, em 1867, e ouro, em 1886, desencadeou uma onda migratória para a África do Sul.

Após a Guerra dos Boers (1899-1902), britânicos e afrikaners (descendentes dos boers) passaram, juntos, a governar a região, formando a União da África do Sul.

No início do século 20 instituiu-se a política do apartheid (veja quadro). Em 1994, realizaram-se as primeiras eleições multirraciais da país, pondo fim ao apartheid. Desde então a África do Sul tem sido governada pela maioria negra.


"De acordo com as descobertas recentes de fósseis de hominídeos, a África parece ter sido o "berço da humanidade", não só onde, pela primeira vez, apareceu a espécie Homo sapiens, mas também grande parte dos seus antepassados, os Australopithecus (que significa "macaco do sul"), os Pitecanthropus (que significa "macaco-homem") e, finalmente, o gênero Homo (ver Swartkrans, por exemplo)"

Colonização europeia
Os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas.


Na África existiam muitas tribos primitivas (segundo a visão etnocentrista européia) que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Havia guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.

No período de Colonização da América, ocorria o tráfico negreiro, em que eram buscados negros da África para trabalhar como escravos nas colônias como mão-de-obra, principalmente nas plantações. Os escravos eram conseguidos pelos europeus por negociações com as tribos vencedoras, trocando os escravos por mercadorias de pouco valor na Europa, como tabaco e aguardente, e levados para América como peças (mercadorias valiosas).

Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do continente americano, no século XVIII, as potências europeias começaram a dominar administrativamente várias áreas da África e da Ásia para expandir o comércio, buscar matérias-primas e mercado consumidor, e deslocar a mão-de-obra desempregada da Europa.

Na colonização, a África foi dividida de acordo com os interesses europeus, que culminou com a partilha do continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885. Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. Após a Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a conquistar a independência, formando os atuais países africanos.

Apartheid

Apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis no mundo. Ele aconteceu na África do Sul de 1948 até 1990 e durante todo esse tempo esteve ligado à política do país. A antiga Constituição sul – africana incluía artigos onde era clara a discriminação racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo a maioria na população.

Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializado em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.
O Apartheid, atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das zonas dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.

Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o Congresso Nacional Africano optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados Bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos e ficavam amontoados nessas regiões.

Com o fim do império português na África em 1975, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela.

A partir daí, outras conquistas foram obtidas, o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993, uma nova Constituição não – racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul.

Um afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

25 de Maio: Hoje é Dia de África e Dia da Libertação do continente


O Dia de África assinala-se, hoje, 25 de Maio, em homenagem ao 48º aniversário da criação, em Adis Abeba (Etiópia), da Organização de Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já independentes na altura.

O objectivo que norteou a criação da OUA, no dia 25 de Maio de 1963, foi a aceleração do fim da colonização do continente.

A carta de criação da que é, actualmente, a União Africana (UA) constitui, até os nossos dias, o maior compromisso político dos líderes africanos, porquanto dessa reunião, nasceu a OUA.Foi em 25 de Maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, Dia da Libertação de África.

A criação da OUA traduziu a vontade dos africanos de se converterem num corpo único, capaz de responder, de forma organizada e solidária, aos múltiplos desafios com que se defrontam para reunir as condições necessárias à construção do futuro dos filhos de África.

Era o sonho a que o apartheid, as guerras, a violência, as doenças e a instabilidade política não deixaram vingar, apesar dos esforços de Nasser, Lumumba, N’ Khrumah, Cabral, Machael e muitos outros em construir uma terra livre e de homens também livres.

A OUA mostrou ser incapaz de resolver os conflitos surgidos continuamente em todo o continente e os indicadores económicos de África são os mais baixos do Planeta, concorrendo para isso a instabilidade e as epidemias.

O sonho de uma África livre, desenvolvida e próspera obteve novo formato quando, a 12 Julho de 2002, em Durban, o último presidente da OUA, o sul-africano Thabo Mbeki, proclamou solenemente a dissolução da organização e o nascimento da União Africana.

O objectivo foi a necessidade de fazer face aos desafios com que o continente se defronta, perante as mudanças sociais, económicas e políticas que se operam no mundo.

Contudo, assim como antes, a meta é uma só: “uma África unida e forte”, capaz de concretizar os sonhos de “liberdade, igualdade, justiça e dignidade”.


Outro objectivo principal da UA é a unidade e a solidariedade entre os países e povos de África, defender a soberania, a integridade territorial e a independência dos seus Estados membros e acelerar a integração política e socioeconómica do continente, para realizar o sonho dos “pioneiros”, que, em 1963, criaram a OUA.

Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização: Marrocos afastou-se voluntariamente em 1985, em sinal de protesto pela admissão da auto-proclamada República Árabe Saharaui, reconhecida pela OUA em 1982.

Apesar dos conflitos que, ainda, persistem, a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos. De uma forma geral, os governos africanos são repúblicas presidencialistas, com excepção de três monarquias: Leshoto, Marrocos e Swazilândia.

Parcerias são formadas diariamente ao abrigo da NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África), um instrumento da União Africana que se baseia em relações e acordos bilaterais num ambiente de transparência, responsabilização e boa governação.

A comemoração do Dia de África a 25 de Maio é para lembrar o ponto de partida, a trajectória e o que resta para se chegar a um continente onde valerá sempre a pena viver e construir um futuro.

A África tem aproximadamente 30,27 milhões de quilómetros quadrados de terra. Basicamente agrário, é o segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia) e o seu PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas um porcento do produto mundial.







Um afro abraço.
Fonte: Inforpress

Morre o jamaicano Marcus Garvey, mentor do Pan-africanismo / 1940

DIMENSÃO PARA AS INDEPENDÊNCIAS AFRICANAS  
Depois da segunda guerra mundial a África debatia-se com questões de toda índole, com destaque para as de aspecto político, consubstanciadas na luta pela independência contra o domínio colonial. Essas lutas visavam criar estratégias para o desenvolvimento do continente numa altura em que o mundo se encontrava em pleno auge da guerra-fria e divido em dois campos antagónicos.
Clamorosa era também a situação sócio-política e histórica. Por esta razão, os países procuravam a sua auto-determinação e lutavam com toda bravura e heroísmo, uma vez que as condições sociais, económicas e políticas não eram das melhores. Inconsistente era também o sistema de educação, saúde, comunicação, etc., o que motivou os intelectuais africanos a assumir outros compromissos e rumar para novos horizontes: independência e desenvolvimento.
Sabe-se, porém, que o continente africano conheceu a presença europeia em todo seu quadrante, sobretudo depois da perniciosa conferência de Berlim, que formalizou a configuração de África e descartando questões essenciais para a sobrevivência das instituições originalmente africanas.
Uma das raízes mais profundas da dura realidade africana é o mercado de escravos, explorado por árabes e europeus entre os séculos XVI e XIX. Naquele período, mais de 11000.000 de seres humanos foram capturados por portugueses, holandeses, ingleses e franceses, e transportados à força, principalmente para as plantações dos Estados Unidos e para as possessões portuguesas na América.
Encerrado o período esclavagista, no século XIX, as potências coloniais mantiveram o controlo sobre a África, que se tornou fonte de minerais e matéria-prima para a florescente indústria europeia. No processo de colonização, muitas tribos e nações inimigas acabaram unidas à força pelos colonizadores. Por causa disso, as fronteiras dos Estados e regiões reflectiam muito mais os interesses estrangeiros do que a história dos povos locais.


Portanto, cansados com dominação colonial, os africanos uniram vozes contra o colonialismo. E um dos primeiros projectos, para este fim, foi o do Pan-africanismo, ou a união de todas as nações africanas, formulado pelo líder negro Jomo Kennyata do Quénia. O principal obstáculo do Pan-africanismo era a diversidade étnica e cultural do continente. Existiam, como ainda existem, muitas "Áfricas" diferentes, impedindo as tentativas de aliança dos países africanos. Essa inexistência de uma "identidade africana" deve-se, em grande parte, ao fato de a África ter sido dominada, dividida e explorada por potências que nunca se preocuparam com os traços culturais daquelas populações.Segundo Pires Laranjeira (1995), os principais nomes do movimento foram Edward Blyden, o primeiro a falar em uma personalidade africana baseada na recuperação do orgulho da raça negra; Willian E. D. Du Bois, o criador do Pan-africanismo e organizador dos cinco Congressos do movimento: Paris (1919), Londres (1921), Londres (1923), Nova York (1925) e Manchester (1945); Henry Sylvester Willian que lançou a ideia de solidariedade fraterna entre africanos e povos de ascendência africana; e George Padmore (sobrinho de Sylvester Willians), responsável pela expansão do movimento em direção à África. Embora houvesse algumas divergências ideológicas entre eles, juntos propunham, ainda de acordo com Pires Laranjeira, uma solidariedade negra para além da geografia ou da classe, adotando o reconhecimento da identidade negra na sua realização nacional, integrada e assimilada à nação, e solidária com os africanos ou a restante diáspora fora da África, em oposição ao Pan-africanismo de caráter racista, megalomaníaco e demagogo, defendido pelo jamaicano Marcus Garvey, que propunha um utópico retorno de todos os negros norte-americanos à África.
Essa vertente do Pan-africanismo revelou ao mundo uma nova maneira de ser negro, resgatando o orgulho da identidade negra, revalorizando suas tradições e sua participação na história:
Marcus Mosiah Garvey (Saint Ann's Bay, Jamaica, 17 de agosto de 1887 – Londres,10 de junho de 1940) foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano.
É considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então; é lembrado por alguns como o principal idealista do movimento de "volta para a África". Na realidade ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a "redenção" da África, e para que as potências coloniais européias desocupassem a África. Em suas próprias palavras, "Eu não tenho nenhum desejo de levar todas as pessoas negras de volta para a África, há negros que não são bons elementos aqui e provavelmente não o serão lá." Apesar de ter sido criado comometodista, Marcus Garvey se declarava católico.
É, hoje, tido como assente que o Pan-africanismo influenciou todos os grupos e movimentos da sociedade, da política e da cultura dos negros africanos e extra-afriacanos no sentido de uma identificação com sua comunidade racial e, muitas vezes, com um sentimento e uma prática de solidariedade e fraternidade universal. (Laranjeira, 1995:51)
Um afro abraço.
UNEGRO  25 ANOS DE LUTA!
fonte:segremar-segredo.blogspot.com

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...