UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

UNEGRO QUE COMEMOROU 27 ANOS DE JULHO FAZ PLENARIA NACIONAL EM BRASILIA PARA DISCUTIR O IV CONGRESSO EM 2016...

Historicamente, o racismo sempre coletivismo tem rodeado o imaginário coletivo . E sustenta que o indivíduo não tem direitos, que sua vida e trabalho pertencem ao grupo (à "sociedade", à tribo, ao Estado, à nação), e que o grupo pode sa­crificá-lo ao seus próprios caprichos e interesses. A única
maneira de implementar uma doutrina deste tipo é através dá força bruta ? e o estatismo sempre foi o corolário político do coletivismo. A UNEGRO neste 27 anos lutando contra a discrimi­nação e racismo e direito a justiça e trabalha as questões que circundam o racismo.

Estado absoluto é simplesmente uma forma institucionaliza­da de uru regime de gangues, independentemente de qual gangue em particular mantenha o poder, E ? já que não há justificativa racional para esta regra, já que nada foi ou pode ser oferecido ? a mística do racismo é um elemento crucial para toda variante do Estado absoluto. O relacionamento é recíproco: o estatismo vem das guerras tribais pré-históricas, da noção de que os homens de uma tribo são presa natural para os de outra ? e estabelece suas próprias subcategorias internas de racismo, um sistema de castas determinadas pelo nascimento de um homem, assim como os títulos de nobreza ou a servidão, herdados. Contudo, a luta anti-racista foi historicamente submetida, inclusive através do isolamento político, o negro e a negra sempre resistiram. Há uma história política não institucional que nem sempre é contada. A começar por Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência de um povo que luta pela vida em liberdade. Esta experiência histórica, em geral desconhecida, mesmo no ensino formal, representou uma radical contestação à ordem dominante, subvertendo a ideologia dominante quanto à boçalidade e indolência dos trabalhadores negros...
 Parte dos militante e dirigente da UNEGRO( 150 pessoas) estarão entre 7 e 9 de Agosto reunindo-se em Brasília para discutir e preparar a pauta de nosso próximo Congresso Nacional que acontecera em 2016.
Entre os convidados estarão a presidenta da UNE, Carina Vitral, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, a presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo,  o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, a secretária de políticas para as mulheres da Bahia, Olívia Santana e a diretora do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), Bia Barbosa.

No ano que vem para prefeito e vereadores, pela sua característica,( entre as varias pautas que vamos discutir estará) permitirá aprofundar essa reflexão e faze-la chegar às entranhas do país. Será um grave erro dos partidos progressistas e dos movimentos sociais permitirem que as reformas seja pauta exclusiva do Congresso, discutidas apenas em Brasília. Necessitamos mobilizar amplos setores da sociedade brasileira e provocar o debate na base da sociedade. Temos que trabalhar para conquistar avanços sociais importantes no ano que o Brasil completa 128 anos de desinstitucionalização da escravização brasileira. Temos que
terminar a abolição iniciada formalmente em 1888 e corrigir as imperfeições da nossa República


 
Lamentavelmente,apesar das ações afirmativas e das lutas “sem fim”, ainda é frequente na cultura popular asmanifestações insidiosas da pratica racial e enquanto isso persistir nosso lema é:
REBELE-SE CONTRA O RACISMO! 

um afro abraço.

domingo, 2 de agosto de 2015

Favela : Questões raciais e sociais...

Origens das Favelas...

De maneira geral, as favelas surgiram pela necessidade de sobrevivência de uma população carente de recursos. Sem alternativa, os cidadãos foram construindo casas em terrenos não povoados. As comunidades cresceram com grande rapidez ao longo dos anos, graças, em parte, ao descaso do poder público.

A formação de favelas no Rio está ligada ao término do período escravocrata, no final do século XIX. Sem posse de terras e sem opções de trabalho no campo muitos dos escravos libertos deslocaram-se para o Rio de Janeiro, então capital federal. O grande contingente de famílias em busca de moradia e emprego provocou a ocupação informal em locais desvalorizados, de difícil acesso e sem infraestrutura urbana.
Com a Proclamação da República, em 1889, a elite e os administradores do Rio queriam apagar do seu passado os vestígios de uma cidade colonial. Cortiços sem condições sanitárias e povoados por ex-escravos foram demolidos na reforma de Pereira Passos. Sem ter outras opções de moradia os desabrigados foram obrigados a construir suas próprias casas. Começou então a ocupação dos morros centrais da Providência e de Santo Antônio, em 1893, seguida pelo Morro dos Telégrafos eMangueira, em 1900.

Com o passar dos anos, a modernização das zonas nobres da cidade continuou. As pequenas ruas e os casarões deram lugar a longas avenidas e construções arrojadas. Muitas casas foram demolidas, diminuindo a oferta de moradia e elevando o preço dos aluguéis. O fenômeno provocou o aumento da formação de favelas, para atender a população mais carente.
Com uma rapidez incrível, as favelas foram se desenvolvendo em toda a zona sul, perto dos comércios e ao lado das regiões escolhidas para abrigar a nobreza e a elite. O Morro da Babilônia, entre a Praia Vermelha e a Praia do Leme, começou a ser ocupado em 1907. Dois anos depois apareceram favelas no Morro do Salgueiro, na Tijuca e na Mangueira. Em 1912, as comunidades já estavam instaladas em Copacabana e, logo depois, ocupavam também o Morro dos Cabritos, entre aLagoa e Copacabana, e o Morro Pasmado, em Botafogo.
Essa propagação das favelas nos bairros mais ricos parecia a única saída possível para a população pobre que precisava morar perto do local de trabalho. Num tempo em que apenas trens e bondes precários chegavam até as periferias da cidade, os nobres não queriam esperar por horas e horas seus empregados. Os morros eram uma solução cômoda também para elite. A alguns metros das mansões e jardins de Botafogo surgiram anos depois os primeiros barracos do Morro Santa Marta.


No entanto, desde o início do século XX as favelas foram vistas como um problema. Os morros provocavam medo e curiosidade, o que gerava desconhecimento sobre a situação. Em 1927, o arquiteto francês Alfred Agache apresentou um plano de urbanização e embelezamento para o Rio, em que propunha a transferência dos moradores das favelas por motivos sociais, estéticos e hierárquicos. Somente alguns projetos de Agache foram levados adiante, mas a ideia de que as comunidades precisavam ser eliminadas permaneceu.

Por volta de 1930, surgiram os primeiros loteamentos na zona oeste, como opção de moradia para a população de baixa renda. Em 1937, foi proibida a construção de novas favelas ou mesmo a melhoria das que já existiam. A lei vigorou até a década de 70.
Muitas favelas foram removidas neste período. Alguns moradores foram alojados em conjuntos habitacionais com uma estrutura precária, construídos em locais distantes do comércio da cidade. Esta constante locomoção e descaso com a população carente fez com que os cidadãos começassem a se organizar em associações para reivindicar seus direitos.
A Fundação Leão XII conseguiu implantar redes de água e luz em algumas favelas. A união entre a Igreja e o poder público deu origem à organização Cruzada São Sebastião, que também conseguiu melhorias com projetos de luz, água, esgoto e urbanização. Além disso, construiu um conjunto habitacional no Leblon conhecido como Cruzada, destinado aos moradores que residiam nas favelas removidas.

Até 1965, 30 mil pessoas haviam sido retiradas das favelas. O ápice da política de remoção ocorreu entre 1968 e 1975, quando 176 mil pessoas foram levadas para 35 mil unidades habitacionais. Muitas comunidades acabaram incendiadas e seus líderes desapareceram.
Houve casos dramáticos, como o da favela da Catacumba, que chegou a ter uma população superior a dez mil pessoas nos anos 60, mas foi removida em 1970. Por causa de sua localização, com vista privilegiada da Lagoa Rodrigo de Freitas, a comunidade sofreu especulação imobiliária e deu lugar a prédios de luxo. Pelo mesmo motivo foram extintas nos anos 60 as favelas da Praia do Pinto, de Macedo Sobrinho e da Ilha das Dragas, todas na região da Lagoa.
Em 1972 20% das favelas do Rio de Janeiro haviam sido eliminadas, o que não impediu que outras continuassem crescendo. Em 1974 o governo suspendeu o plano de erradicação, mas nenhuma outra política foi adotada, e as comunidades ficaram sujeitas ao abandono. Com o tempo, as moradias ganharam novas formas. Os barracos frágeis foram substituídos por construções feitas de tijolos e telhas. Desenvolveu-se, então, um mercado imobiliário dentro das favelas, com locais mais e menos valorizados, dependo dos serviços oferecidos.
Os governantes e administradores começaram a perceber que as velhas propostas de erradicação das favelas, com deslocamento e reassentamento dos cidadãos em áreas
distantes, não eram mais a solução. Tais projetos demandavam um altíssimo custo financeiro e, além disso, rompiam relações sociais e econômicas dos moradores.

Em 1993 surgiu o Grupo Executivo de Assentamento Popular (GEAP). A entidade estabeleceu as bases para uma política habitacional, reconhecendo que o morar urbano é direito do cidadão, que a moradia não é apenas casa, mas integração à cidade, cabendo à coletividade prover a estrutura habitacional necessária, com serviços públicos, transporte, educação, saúde, cultura e lazer.

Neste mesmo ano, foi lançado um ambicioso projeto da Prefeitura de Rio em parceria com empresas privadas, o Favela-Bairro. Com o objetivo de integrar as favelas aos bairros, desenvolveu diversas reformas em mais de 150 comunidades. Urbanizou algumas áreas, criou vias de acesso, realizou obras de saneamento básico. Foi um dos primeiros projetos a se integrar com a população para saber as reais necessidades dos moradores. Durante o sucesso do programa, outras muitas favelas surgiram, o que gerou também algumas críticas.

Hoje o Rio de Janeiro tem quase mil favelas, e várias ações estão em andamento para melhorar a infraestrutura e o ambiente das comunidades. Projetos do governo, de empresas e de uma infinidade de ONGs. As favelas não são, nem de perto, o que eram na sua origem. Elas se desenvolveram, ganharam ofertas de comércio e serviços. O poder público finalmente começou a se envolver com seus problemas.

Todo o trabalho ainda não é suficiente. As carências da população ainda são enormes. As favelas não param de surgir e crescer, o que nos leva a pensar em ações preventivas que precisam ser realizadas. Não há dúvidas de que as obras de urbanização foram de extrema importância. Foram elas que possibilitaram a chegada de serviços como a coleta de lixo, os correios e o fornecimento de energia, entre outros. São estas obras que ainda hoje criam espaços públicos dentro das comunidades, criam condições de convivência e segurança com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), por exemplo.
A atuação das Forças Armadas é um capítulo à parte nos impasses das UPPs. Pela Constituição, os militares federais não poderiam atuar em policiamento de rotina. Para atender ao pleito de Pezão, o Ministério da Defesa criou, há oito meses, a Diretriz Ministerial número 09, com o objetivo de dar amparo legal à intervenção. “Não se pode dizer que a atuação do Exército seja ilegal, pois foram criadas leis. Mas é inconstitucional”, aponta o advogado João Tancredo, presidente do Instituto Defensores de Direitos Humanos.

O malabarismo jurídico não garantiu à comunidade a paz esperada. São requentes os confrontos entre traficantes da Maré e soldados do Exército. Segundo informações da “Força

de Pacificação”, em mais de sete meses foram presos 390 suspeitos, além de 150 menores, e realizadas 241 preensões de drogas. A truculência continua a ser uma das reclamações dos moradores. 

Se liga:Inúmeros relatos e várias manifestações populares em favelas de UPP afirmam a presença de policiais corruptos, autoritários, torturadores e matadores, que só fazem aumentar o genocídio da juventude negra dentro das favelas de UPP. Vemos que a instituição Estado, no Rio de Janeiro, funciona sob as bases na- quilo que Foucault (1993) chama de biopoder; logo, sua função homicida é assegurada pelo racismo, que busca definir a legitimidade de tais ações. O racismo inscrito no Estado tem importância vital na gestão dos territórios e das populações, pois representa a condição com a qual a polícia pode exercer o direito de matar, humilhar e amedrontar, segundo a linguagem foucaultiana...

 O Exército informa que nenhum desvio de conduta de seus soldados foi comprovado.Todas essas ações iniciadas no passado nos dão agora condições de encontrar a raiz dos problemas dessa população. Está na hora de dar condições para que essa população cresça, para que consiga alcançar o mercado de trabalho e se desenvolver dentro dele. Está na hora de ensinar a sociedade que estes moradores de favelas fazem parte da cidade, que a cidade não vive sem eles e que eles podem e devem crescer e melhorar suas vidas. Temos que unir esforços e unir públicos para melhorar a qualidade de vida dessa população que faz a cidade girar...

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.passeidireto.com/unegro relações comunitarias

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Trabalhador Negro:Trem passa por cima de corpo na estação de Madureira...

No sentido de procurar esclarecer a tremenda desigualdade social em nosso país com relação a questão racial, colocamos alguns dados que desmistificam a falsa idéia da “democracia racial” no nosso país, como por exemplo: o rendimento médio dos homens não negro no Brasil
é quase duas vezes e meia maior que o de homens negros e quase quatro vezes mais que as mulheres negras, segundo dados do IBGE, a partir de informações do PNAD .

A convivência entre estes atores se desenvolvia em um drama diário, acompanhado e testemunhado por muitos outros atores que, assim como eles, lutavam “pelo pão de cada dia”. Logo, cumpre-me apresentar a forma ritual como essa convivência complementar se viabilizava e, por fim, apontar para possibilidades de interpretação para duas categorias chaves inerentes àquele “processo ritual”: o derrame e o esculacho.

Nos chama a atenção nesses relatos o tom de absoluta naturalidade como foram veiculadas as histórias. Todavia, a liminaridade entre legalidade e ilegalidade em que viviam esses indivíduos não me podia passar despercebido. Nessa mesma direção, não  surgir como uma personagem envolvida nos conflito Adílio Cabral dos Santos. Geralmente como empreendedor de violência contra o personagem que e um dos raros caros que a Vitima trabalhador , negro( ex detento)...

"SUPERVIA ADMITE QUE AUTORIZOU TREM A PASSAR SOBRE CORPO DE HOMEM NO RIO"
Um trem passou por cima do corpo de um homem que havia sido atropelado por outro coletivo e estava estendido nos trilhos. Imagens mostram o momento em que o condutor, auxiliado por pelo menos outros dois funcionários que estão ao lado dos trilhos, passa pelo corpo na estação de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28\07\15).
Há outras pessoas próximas aos trilhos, e os funcionários da empresa Super Via,

concessionária que administra o sistema, acenam para que o maquinista avance sobre o corpo. No dia do acidente, a empresa disse em nota que por volta das 17 horas agentes acionaram os Bombeiros para atender um homem que acessou a via irregularmente e foi
atingido por um trem. A vítima é Adílio Cabral dos Santos, que havia pulado o muro e invadido o local dos trilhos. 

Vídeo mostra momento em que trem passa por cima do corpo de homem que já havia sido atropelado Segundo os Bombeiros, não foi feito chamado em relação à ocorrência, e que houve apenas um aviso, por volta das 19h15, para atender uma ocorrência de trauma não relacionada à morte, e que apenas durante o atendimento a equipe foi informada por funcionários de que havia um corpo na linha férrea.
A Polícia Civil e a Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes no Rio de Janeiro, abriram investigação para apurar as responsabilidades. O episódio provocou a revolta do secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osorio 
( Será?...). Ele qualificou o caso como desumano e disse que a apuração vai verificar quem deu o comando e o motivo para que o trem passasse por cima do corpo.

"Um absurdo, inaceitável. O centro de controle tem a visão de tudo que acontece no sistema, de que trem em cada trilho, e é ele que dá o comando ao maquinista. Se aquele trem estava irregularmente naquele trilho, alguma falha aconteceu e nós precisamosentender quem deu a autorização para que o trem prosseguisse, mesmo com o corpo na pista "

A exposição à violência e a tênue linha entre legalidade e ilegalidade Durante parte das percepções dos indivíduos acerca das instituições sociais. Os discursos expressavam que a convivência com a violência...

- “Se eles vem, eu não vou. Se eles estão num canto eu tô no outro. E assim vou passando o dia e levando pra casa o leite dos meninos” (Camelô falando de seu cotidiano nos trens)
- "A respeito do Concurso de crimes tais como, Violação e profanação do código penal brasileiro (art.210)"

Concluindo:
Costuma-se dizer, no Brasil, que “Deus ajuda a quem cedo madruga”. A expressão busca inferir legitimidade social a quem trabalha. Toda uma rede social estaria disponível para o ator social que vive do trabalho( e que tenta se reabilitar na sociedade). Geralmente, a crença neste adágio, talvez em função de processos políticos endógenos, associa legitimidade a direitos sociais que deveriam ser providos pelo Estado. Todavia, nem todos que acordam cedo são considerados oficialmente trabalhadores. Logo, o Estado por aqui não lhe confere direito social algum e, pior, pode não
lhe reconhecer direitos civis. Conseqüentemente, há situações em que o arbítrio e a violência de indivíduos que se apropriam da representação estatal comprometem a expectativa dessa legitimidade.
 
Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:oglobo.globo.com/

terça-feira, 28 de julho de 2015

MULHERES NEGRAS NA PRÉ MARCHA   RUMO À BRASÍLIA!!!

A Unegro- RJ participou da Pré-Marcha de Mulheres Negras 2015 Contra o Racismo e a Violência e Pelo Bem Viver reuniu no dia 26 de Julho, na orla de Copacabana centenas de

representantes e simpatizantes da lua antirracista, marcando também as comemorações do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25). O evento serve como preparação para a marcha nacional, que ocorrerá no dia 18 de novembro, em Brasília.

A Unegro - RJ marcou presença levando um grande número de mulheres Unegrinas oriunda de vários municípios do Estado do Rio de Janeiro


O objetivo foi alcançado com total êxito  e mais uma vez a UNEGRORJ cumpriu o
​ seu compromisso de representar - com ousadia - essas mulheres invisibilizadas por uma sociedade machista que cultua a beleza europeia​ e dificultando assim a sua inclusão social.


Nossa realidade contextualizada historicamente no escravagismo aponta que ser mulher negra no Brasil significa sofrer essa tripla discriminação, condição esta que se estrutura nas relações de trabalho. As mulheres negras estão na sua maioria em ocupações precárias e informais, diz o IBGE. O salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora não negra. Mesmo quando sua escolaridade é similar a de uma mulher branca, a diferença salarial gira em trono de 40% a mais para esta.


"A despeito da nossa contribuição, somos alvo de discriminações de toda ordem, as quais não nos permitem, por gerações e gerações de mulheres negras, desfrutarmos daquilo que produzimos. "

A identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo, etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras . Nós continuam

recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldades para entrar no mundo do trabalho e essa realidade tem que ser enfrentada para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária, pautada no respeito às diversidades e na igualdade de direitos e oportunidades.

Estamos em marcha contra a remoção racista das populações das localidades onde habitam.Lutamos por moradia digna; por cidades que não limitem nosso direito de ir e vir e contra a segregação racial do espaço urbano e rural; por transporte coletivo de qualidade; por condições de trabalho decente nas diferentes profissões que exercemos. Valorizamos nosso patrimônio imaterial em terreiros, escolas de samba, blocos afros, carimbó, literatura e todas as demais manifestações culturais, definidoras da nossa identidade negra.

Ate Brasilia 18 de Novembro , uma puxa a outra!!!

Que possamos viver sem pedir desculpas por existimos!


Afro abraços!

fonte:UnegroNova Iguaçu /UNEGRO RJ\ Macha das Mulheres Negras 2015

domingo, 26 de julho de 2015

O RACISMO TRÁS PREJUÍZOS PARA A MULHER NEGRA...

Inúmeras pesquisas confirmam as dificuldades que implicam ser uma mulher negra no Brasil. Elas ganham menos, são maioria entre as que sofrem violência sexual e doméstica, são
mais mal tratadas no atendimento público de saúde e também são as maiores vítimas de homicídio, como comprova a pesquisa realizada pelo Ipea.

A mortalidade materna entre mulheres negras por causas variadas está aumentando no Brasil. O dado revela um fosso que separa as mulheres pretas e pardas das brancas, independentemente da classe social. Esse dado é reconhecido pelo Ministério da Saúde e foi tema de audiência pública da subcomissão especial que avalia as políticas de assistência social e saúde da população negra..

Uma em cada quatro mulheres que deram à luz em hospitais públicos ou privados relatou algum tipo de agressão no parto. Os dados do estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado“, mostram em escala nacional a incidência dos maus-tratos contra parturientes. Xingamentos, recusa em oferecer algum alívio para a dor, realização de exames dolorosos e contraindicados até ironias, gritos e tratamentos grosseiros com viés discriminatório quanto à classe social ou cor da pele foram apontados como tipos de maus tratos sofridos por quem deu a luz nos hospitais públicos e privados

Aumento de mortes entre mulheres negras
Mas o número de mortes maternas provocadas por intercorrências vem diminuindo entre as mulheres brancas e aumentando entre as negras. De 2000 a 2012 as mortes por hemorragia entre mulheres brancas caíram de 141 casos por 100 mil partos para 93 casos. Entre mulheres negras aumentou de 190 para 202.

Por aborto, a morte de mulheres brancas caiu de 39 para 15 por 100 mil partos. Entre negras, aumentou de 34 pra 51. Segundo a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Rurany Ester, os dados refletem o aumento da investigação das mortes de mulheres em idade fértil, que aumentou nos últimos anos. Por exemplo: 2010 registou 1.719 mortes em partos, dos quais 74% das mortes tiveram suas causas investigadas. Em 2013 foram 1.438 mortes e 83% delas teve a causa apurada.

De acordo com dados do último Relatório Socioeconômico da Mulher, elaborado pelo governo

federal, 62,8% das mortes decorrentes de gravidez atingem mulheres negras e 35,6% mulheres brancas.

Nos últimos 22 anos, a mortalidade materna no Brasil caiu de 141 casos por 100 mil para 62 casos por 100 mil, uma redução de 56%, mas ainda está longe da meta estabelecida pela meta da ONU em 2015, de 35 mortes por 100 mil.

Esse racismo institucional viola os Direitos Humanos em saúde. São percepções culturais do plano individual que regulam as relações entre cliente e profissionPara denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher disque 180.ais num local onde o atendimento deveria ser padronizado. Para as mulheres negras o resultado dessa discriminação muitas vezes é a morte e quando elas sobrevivem a esse processo guardam em si as mazelas desse método de exclusão exatamente num momento em que já estão fragilizadas.

Pauta das Mulheres Negras do Brasil também por isso estamos em marcha:

Estamos em Marcha: pelo fim do femicídio de mulheres negras ;
e pela visibilidade e garantia de nossas vidas;
pela investigação de todos os casos de violência doméstica e assassinatos de mulheres negras, com a penalização dos culpados;
pelo fim do racismo e sexismo produzidos nos veículos de comunicação promovendo a violência simbólica e física contra as mulheres negras;
pelo fim dos critérios e práticas racistas e sexistas no ambiente de trabalho;
pelo fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões sumárias às mulheres negras em casas de detenções;
pela garantia de atendimento e acesso à saúde de qualidade às mulheres negras e pela penalização de discriminação racial e sexual nos atendimentos dos serviços públicos;
pela titulação e garantia das terras quilombolas, especialmente em nome das mulheres

negras, pois é de onde tiramos o nosso sustento e mantemo-nos ligadas à ancestralidade;
pelo fim do desrespeito religioso e pela garantia da reprodução cultural de nossas práticas ancestrais de matriz africana; pela nossa participação efetiva na vida pública.


"Pré Marcha  Estadual de Mulheres Negras no Rio de Janeiro, Hoje no Posto 1 no Leme"!!!

Um afro abraço.

FONTE:UNEGROSAUDE/CTSPN/MARCHA DAS MULHERES NEGRAS


Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...